domingo, 30 de outubro de 2011

Devo ter o dom para tragédias, carregar o azar na bolsa e ter sempre uma expressão de quem sabia que no fim, não daria certo. Nem me dou ao trabalho de escolher o caminho fácil, se tem pregos no caminho, então irei descalça. Algumas coisas eu prefiro obter de maneira mais fácil, mas devo ter uma veia Shakesperiana que me absorve no drama - e olha que eu sou fã de suspense e comédia. Meus amores são violentos como um tango, profundos como os oceanos e intensos, como fogo que queima sem dó, nem piedade e nem respeito com o que está queimando. E é nesse tango que eu perco o passo, nesse oceano que eu me afogo e nesse fogo que me reduzo a cinzas. Para depois, ter que voltar sempre como fênix, com alguma lição obtida a qualquer custo e na tentativa de conseguir dias melhores.
O tempero das minhas relações é obtido com o corpo: o gosto férrico vem do rio de sangue que escorre do meu coração, e o sal é aproveitado da minha cascata de lágrimas. Paixão em excesso, carinho com urgência, amor além da pele, um afago na alma. Entre o céu que é pertencer a um romance, e o inferno que é o ver chegar ao fim, vivo eu. Sobrevivo de romances ruins, esses sim, sucesso de bilheteria.
— Luiza

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