domingo, 30 de outubro de 2011

Fiz uma coisa que não deveria ter feito. Não é a primeira nem a ultima. Mas sei que contrariei a mim mesmo. E isso dói. Passar por cima dos próprios princípios, do próprio orgulho. Mas eu precisava. Eu liguei. Me preparei mentalmente para qualquer tipo de reação. O plano era só ouvir a sua voz. Estava tremendo. Mas como eu já disse, eu precisava.
Chamou duas vezes, ou três não sei. Você atendeu, automaticamente dizendo “Alô?”. Disse, e esperou. Desliguei logo depois dessa pausa. Questões de segundos. Achei que tinha sido rápido de mais. Coloquei o celular sobre a mesa, e tentei me acalmar um pouco. Não achei suficiente. Não era suficiente. Decidi ligar mais uma vez. Achei que se irritaria, ou talvez ao ver o numero como “desconhecido” não atenderia novamente. Me surpreendi ao chamar apenas uma vez. Atendeu e esperou um pouco. Cheguei a ouvir sua respiração, parecia estar do meu lado. Disse com calma: “Alô?”. Eu não respondi nada, embora minha vontade fosse de dizer que te amava. Achei que desligaria, mas disse outra vez com a mesma calma: “Dá pra falar alguma coisa?” Fiquei tão… eu não sei. Pela primeira vez, parecia ser você. Eu ri. Ri um pouco alto. Havia dito mais alguma coisa, não entendi muito bem, o nervoso tomou conta e eu quase joguei tudo pro alto. Tive que desligar logo, para não estragar as coisas. Senti as lagrimas escorrerem, mas o meu sorriso estava intacto.
— Saltitar

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